Nesta quarta-feira (28 de setembro) o rapper Markão Aborígine lançou seu primeiro livro intitulado “Sem rosto, família ou nome” na 3ª Bienal do B, de Poesias e literatura, em Brasília, Distrito Federal. O livro é um conjunto de reflexões e versos do rapper reunidos desde sua adolescência e é resultado do projeto Poesia em coletivo, também de iniciativa de Markão, onde ele distribuí panfletos com poesias em pontos de ônibus e estações do metrô. Apresentamos a seguir o poema “Invisíveis” presente no primeiro livro do rapper e ativista cultural brasiliense Markão Aborígine Invisíveis Olhe nos olhos daquele daquela Que distribui panfletos Receba-os Para aquele Para aquela Traz o pão, é emprego Não vê a criança Com halls Chiclê Jujuba? Dá importância Pensa no mal Sobe o fumê Chama viatura Qual a cor De quem está na rua Ou limpa o piso da loja? Qual a cor Da sala do Galois, Da Vinci ou da Católica? Metamorfose Nosso povo se transformou em: Homem placa Mulher placa Exame