A literatura na periferia não tem descanso, a cada dia chega mais livros. A cada dia chega mais escritores, e, por conseqüência disso, mais leitores. Só os cegos não querem enxergar este movimento que cresce a olho nu, neste início de século. Só os surdos não querem ouvir o coração deste povo lindo e inteligente zabumbando de amor pela poesia. Só os mudos, sempre eles, não dizem nada. Esses custam a acreditar. Não quero nem falar dos saraus que estão acontecendo aos montes, pelas quebradas de São Paulo. Isto me tomaria muito tempo. Haja visto as dezenas de encontros literários, pipocando nas noites paulistanas. Cada qual do seu jeito, cada qual com seu tema, cada qual a sua maneira de cortejar
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Sérgio Vaz e o seu “Literatura, pão e poesia”, um livro de sobrevivência
Ao som de um genuíno “chorinho”, quem prestigiou o lançamento do livro de Sérgio Vaz – Literatura, Pão e Poesia, na Livraria Folha Seca, terça feira, no Centro do Rio, não teve do que reclamar. A música brasileira serviu de “esquenta” durante quase todo o evento, que lotou a livraria. Os acordes combinaram com o ambiente, a temperatura e o céu estrelado. Sérgio, o artista periférico, estava visivelmente emocionado com a boa receptividade do trabalho e fez questão de agradecer a todos. Bobagem, Sérgio, nós é que fomos agradecer a sua disposição em dividir conosco suas experiências e pontos de vista sobre o universo invisível que nos cerca, seja em São Paulo, sua cidade, ou no Rio de Janeiro, sua morada por