O museu como arma de resistência e memória de uma favela

Por Denise Bergamo da Rosa Paralela a Avenida Nossa Senhora do Carmo, ao lado de um conjunto de apartamentos de classe média conhecido como “Belvedere”, á frente de uma barragem conhecida como Santa Lúcia, lá no alto, onde disputam espaços no aperto da passagem entre os becos e vielas: “kinder ovos” (coletivos que circulam na favela) carros, motos e gente, se chega ao “Beco da Santa Inês”. Neste Beco há, como venho vendo nesse curto espaço de tempo que ando pelos movimentos culturais nas periferias, um muro e nele um lindo grafite “esculpido” pelo artista da favela Santa Lúcia, o famoso “Pelé”, que identifica o Museu de Quilombos e Favelas Urbanos de Belo Horizonte, o “MUQUIFU”. Nele fui rever uma grande escritora,

Sarau da Onça comemora terceiro aniversário com lançamento de livro e festival de artístico

“O Diferencial da Favela – Poesias quebradas de Quebrada” é composto por poesias de 50 autores de Salvador Em clima de comemoração a poesia rolará solta na periferia de Salvador no mês de maio. Prestes a completar três anos de existência, o Sarau da Onça celebrará essa vivência durante todo o mês de maio com diversas atividades, além das tradicionais poesias. Com entrada gratuita, a programação do grupo, residente do bairro de Sussuarana,  inicia com o lançamento da primeira antologia poética fruto do projeto Arte em Toda Parte  aprovado pela Fundação Gregório de Matos. Batizada como “O Diferencial da Favela – Poesias quebradas de Quebrada” o lançamento da obra composta por poesias de 50 autores abrirá as comemorações no dia 10

“Ocupação Feminina”- documentário mostra testemunho de mulheres que tiveram que conquistar a terra e fazer dela brotar a casa.

Documentário é  o testemunho de mulheres que tiveram que conquistar a terra e fazer dela brotar a casa, o amor, o futuro e a própria liberdade. "Ocupação Feminina". é  um documentário de Bruno Granato e Clayton Sousa que aborda de forma mais humana uma realidade estereotipada e desgastada pelo preconceito de uma grande parte da população. O "Ocupação Feminina" expõem o cotidiano dos moradores de um acampamento sem-teto a partir das histórias de vida das mulheres que lá habitam. Segundo os dados do IBGE publicados em 2010 o Brasil apresenta 11.425.644 pessoas morando em favelas. Destas, 5.853.404 são mulheres das quais muitas levantam suas casas com as próprias mãos. Parte 1 Parte 2  

Moiô: A ressignificação dos estabelecimentos comerciais nas favelas

Por Denise Bergamo “A continuidade implica necessariamente a alteração.” Ferdinand di Saussure É fabulosa a dinâmica da língua na sociedade. Observando dentro das favelas e periferias ela se torna mais ainda, pois ela é multifacetada de um modo peculiar. Pelo regionalismo em dupla perspectiva: seja pela origem da família periférica, ou pela localização da periferia em bairro, distrito, cidade, estado; pela idade; pelos preferenciais na arte, na música, dança e em cada uma dessas artes seus estilos, etc. Muito do vocabulário que era usado em determinada época pode voltar a ser usado com os mesmos significados ou pode transmutar-se para o fenômeno conotativo e dele até partir para os famosos neologismos e tudo sempre na forma coloquial, tanto na fala quanto na escrita,

Repper Fiell fala sobre seu novo videoclipe “Poema Resistir é preciso”

PP - Você já havia lançado esse poema na internet em áudio. O que o motivou a relança-ló como vídeo? Fiell - O áudio e o vídeo são duas ferramentas de comunicação poderosa. Unido as duas em Audiovisual fica muito mais forte. Desde principio eu pensei  lançar o poema Resistir é Preciso só em audiovisual. Sabemos as dificuldades em lançar vídeo clipe. Precisa de muita força de trabalho. Por isso lancei primeiro só em áudio. Depois fiz o roteiro e convidei o meu parceiro cineasta Bruno Thomassin que é Francês e trabalha comigo desde 2004. Foi com Bruno que fiz o curta metragem “788” O motivo para lançar o vídeo clipe, é a linguagem. Nosso povo trabalhador  não é incentivado pelo poder

Poesias de Favela – Aquela mina é Firmeza

Por Jean Mello Amar é perigoso! Dizer que ama e tentar de todas as formas mostrar as bonitas facetas do amor pode te fazer viver um sofrimento absurdo. Na verdade, não raro é, infelizmente, seres humanos que brincam e zombam do seu ato de amar. Ou, ainda indo mais pra frente, quando você tenta se aproximar de um amor incondicional, algo que nossa natureza humana não alcança completamente, as consequências podem demonstrar a verdade de que “o amor de muitos frio está”. Isso já é presente ao seu lado. Já percebeu? Não apenas de protesto vive o Rap. Músicas falando de amor já podiam ser encontradas nas frases de Ndee Naldinho no começo do presente século, como é o exemplo de Aquela mina é firmeza: