DICAS DE LIVROS – “A LARINGES DE GRAFITE ” – ADRIANO NUNES

DICAS DE LIVROS – “Periferia pura”. Por: Antonio Cicero A obra: LARINGES DE GRAFITE. Autor: ADRIANO NUNES. Editora:  Vidráguas  - 2012 A obra: LARINGES DE GRAFITE Se é verdade que o poeta moderno é aquele que, a partir da assimilação da lição das vanguardas do século XX, sabe aproveitar as possibilidades tanto de abrir novos caminhos formais e temáticos para sua arte quanto de nela trilhar e/ou modificar qualquer dos caminhos já abertos pelas inúmeras tradições que o mundo sem fronteiras temporais ou espaciais lhe dá a conhecer, então devemos, usando a expressão de Rimbaud, dizer que Adriano Nunes é um poeta absolutamente moderno. Sua formação provém dos mais diversos e mesmo díspares registros. Adriano é um poeta que mergulhou profundamente tanto em obras clássicas, como a

Linhas Periféricas: registro de um novo amanhecer na periferia

Por Jean Mello Mais uma bela página na história da periferia paulistana. Sinal que ela continua emanando suas riquezas, belezas e seu lado mais contestador acerca da realidade social que insiste em atravessar gerações em São Paulo e no Brasil. A primeira vez que me deparei com o documentário Linhas Periféricas, realizado por estudantes da Universidade Metodista, foi no blog de Jéssica Balbino. Em seu breve post ela diz “nada saber sobre o documentário” e esboça emoção ao dizer que viu um de seus livros no fundo da tela, “ao lado de outros volumes da coleção Tramas Urbanas, da editora Aeroplano”, quando Heloísa Buarque de Hollanda, coordenadora da Universidade das Quebradas, aparece dizendo que vasto número de acadêmicos não consideram a literatura da margem como literatura:

Poesias de Favela – Aquela mina é Firmeza

Por Jean Mello Amar é perigoso! Dizer que ama e tentar de todas as formas mostrar as bonitas facetas do amor pode te fazer viver um sofrimento absurdo. Na verdade, não raro é, infelizmente, seres humanos que brincam e zombam do seu ato de amar. Ou, ainda indo mais pra frente, quando você tenta se aproximar de um amor incondicional, algo que nossa natureza humana não alcança completamente, as consequências podem demonstrar a verdade de que “o amor de muitos frio está”. Isso já é presente ao seu lado. Já percebeu? Não apenas de protesto vive o Rap. Músicas falando de amor já podiam ser encontradas nas frases de Ndee Naldinho no começo do presente século, como é o exemplo de Aquela mina é firmeza:

Repper Fiell – Poema: Resistir é Preciso. Ano: 2013

Minha ferramenta de comunicação para contestar essa sociedade capitalista há 18 anos, é a POESIA. Através do rep: RITIMO E POESIA, venho contribuindo para a construção de outra sociedade, onde o ser humano será respeitado e valorizado, não pelos bens materiais, e sim por ser humano. Estamos vivenciando um dos mais cruéis momentos do Rio de Janeiro e Brasil. Onde as cidades estão sendo mercantilizadas para empresários, especuladores, capitalistas. Aqui no morro Santa Marta, nossa luta é diária. Muita grana publica já foi disponibilizada para a favela, e ainda continua os barracos de madeiras, esgoto a céu aberto, e outros problemas. Para onde foi toda essa grana? No pico do morro Santa Marta, a assombração da remoção de mais de 40 famílias, tira

Clipe poético de Rodrigo Ciríaco provoca sobre violência nas periferias

Escritor lança poesia ‘Canto Periférico’ em vídeo O escritor Rodrigo Ciríaco lança, nesta sexta-feira (30) o clipe poético “Canto Periférico”, publicado no livro “Pode Pá Que É Nóis Que Tá” (Coletânea de contos e poemas, Edições Um Por Todos, 2012) que retrata alguns cortes, cenas poéticas das periferias brasileiras e suas problemáticas: a violência urbana, a exclusão, a desigualdade social; a não valorização cultural e artística produzida nas quebradas. O poema é dedicado ao movimento das “Mães de Maio” e recebeu a benção destas. A ideia de transformá-lo em um “clipoético” veio da parceria realizada entre o coletivo de literatura e teatro, os Mesquiteiros e o coletivo de audiovisual Mundo em Foco, ambos de Ermelino Matarazzo, zona leste de São Paulo. “Não

“Águas da Cabaça” é o novo livro de Elizandra Souza

Projeto literário envolve sete mulheres negras “Águas da Cabaça” é o novo livro da poetisa Elizandra Souza. Com ilustrações de Salamanda Gonçalves e Renata Felinto, a obra faz parte do projeto ‘Mjiba – Jovens Mulheres Negras em Ação’ e reúne textos de sete mulheres negras em diferentes protagonismos. “E é nessa cabaça que ela traz sonhos, esperanças e água/vida. Água essa que limpa e leva tudo que não for bom embora. A água que rompe barragens, faz nascer rios, corre para o mar e vira imensidão, o imensurável”, assim diz Mel Adún, em um trecho do prefácio da obra, que ao longo  das mais de 130 páginas, faz o leitor deparar-se com a alma pulsante da poesia negra e encanta-se com o concretismo de