Por Denise Bergamo Foto Rogério Gonzaga No dia 29 de Abril de 2012, comemora-se o centenário do bairro Capão Redondo. O bairro ficou notoriamente em destaque pela estatística expressiva de seus homicídios. Chegou a estar no Guinnes Book, junto ao bairro do Jardim Ângela como os bairros mais perigosos do mundo. Não é uma boa referência, em todos os sentidos, mas para quem habita o bairro sabe que o Capão na década de 70,80 e inicio da década de noventa, as milícias policiais, junto com demais grupos, justiceiros e traficantes tornavam Capão em uma grande cova. Isso tudo foi sendo modificado pela cultura local, houve um grupo de RAP que retratou com fidedignidade os dramas vividos pelos habitantes, até então desconhecidos por muitos (pouco afortunados). Houve
Artigos
A Periferia está virando moda nas telas. Vamos virar o jogo!!
Por Énderson Araujo Título nada surreal. É isso mesmo que esta acontecendo, o termo “moda nas telas” quer dizer que cada dia mais você ver nos programas, filmes e telenovelas a periferia. Mas daí um morador da quebrada mais tranquila de Salvador diz – Espera ai! Enderson, mas essa periferia que passa em Tropa de Elite, Cidade de Deus e nas novelas não é igual a minha não... piorou ainda esse tal de Velozes e Furiosos 5 . Meus caros, a verdade é que é dessa forma que nossas periferias são vendidas lá fora, e até aqui dentro. Os gringos que assistem o fast Five vai achar o que da Rocinha? Mas quem tem que acabar com isso somos nós mesmos, dando maior
As mulheres que mudaram a minha historia – Por Edd Wheeler
Por Edd Wheeler Com certeza em algum momento em sua vida, após percorrer esse mundão de meu Deus você já deparou com mulheres, ou melhor, dizendo,guerreiras, que com suas atitudes e lutas fizeram com que você mudasse o seu caminho. Em um instalo, percepção e ousadia isso fez toda a diferença para você, certo? Nossa....neste momento um curta metragem na minha cabeça..............affff...... com todas as mulheres que conheci,dos “causos” lidos onde elas foram protagonistas e o momento em que cada uma reescreveu a sua história. É isso mesmo: reescreveram sim!Porque se neste PLANETA alguém informou que a vida que levaram não ia modificar - miséria, fome, violência e abuso sexual, mãe solteira, infelicidade no casamento, desemprego, baixa auto-estima, restrição à educação etc – essas guerreiras
“ESCRITORES DA LIBERDADE – Por Sérgio Vaz
Depois de muito tempo longe de tudo e de todos, por conta do livro da Cooperifa que eu estava escrevendo — acabei de escrever, mas depois eu falo disso —, a primeira coisa que cai em minhas mãos é o filme "Escritores da liberdade" que eu ganhei ontem de uma professora na escola onde eu fui dar oficina de poesia. Fiquei feliz por dois motivos, primeiro porque adoro cinema, mas adorar de adorar mesmo, e não é papo furado ou idéia para agradar em mesa de barzinho, sou do tipo que coleciona, e se liga na história e tal, e também gosto de um monte de filmes e de um monte de lugares. Sempre achei que na periferia deveria ter
A crítica do NÃO – Por Denise Bergamo
A crítica literária hoje, discute o que é contemporâneo, discute a imanência da inércia da escrita “A literatura do não”. Parece não ver esta fenomenologia literária que lhes passa por entre olhos, atrasados como sempre, a América Latina (Brasil) acordará depois que a tartaruga cruzar a linha de chegada. A dita literatura marginal foi pela crítica discutida, mas na década de setenta, quando uma parte da elite, não disposta com o novo cânone ou a provável nova forma de canonização literária, marginalizou sua escrita, para dela fazer protesto em prol de uma literatura, menos aristocrática. Nesta literatura, o que era de fato marginal era sua distribuição e sua fuga do padrão, mas nada relativo a periferia, literalmente falando. Carolina Maria de Jesus
O vídeo que a Prefeitura do Rio de Janeiro não quer que você veja…
No dia 11 de novembro de 2011, ativistas e vítimas de remoções forçadas se reuniram no Rio de Janeiro para entregar uma carta e vídeos-denúncia a integrantes do Comitê OIímpico Internacional (COI) durante uma visita ao Rio. A carta denuncia a situação de famílias removidas arbitrariamente e pede que o COI tome uma posição contra as remoções forçadas realizadas em nome das Olimpíadas de 2016. As obras de preparação para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 já provocaram, pelo menos, 21 casos de remoção forçada de moradores em sete capitais, de acordo com o dossiê Megaeventos e Violações de Direitos Humanos no Brasil. O documento, divulgado pela Articulação Nacional de Comitês Populares da Copa, traz relatos de desalojamentos