Björk, Thom Yorke, Burial e Milton Nascimento. Essas foram algumas das inspirações de Yan Higa durante a produção do EP Sylum. A obra aborda a contemporaneidade, bem como retrata o início da vida adulta e as relações humanas através da passagem do tempo. O material é disponibilizado através do selo Elevarte Music e do coletivo AVNT Recordings.
O lançamento é multifacetado à medida que dialoga com o espectro visual. Isso porque a arte da capa foi produzida a partir de uma colaboração com o escultor japonês Tatsuya Horimoto. Além disso, o EP chega às plataformas acompanhado de um videoclipe. Na ocasião, Yan Higa ilustra a faixa bônus Test Subejct numa ação em parceria com a artista Sophia Nehring. A música está disponível apenas no Youtube. Porém, o restante do projeto pode ser ouvido em todas as plataformas de streaming.
Desta forma, o repertório do Sylum ainda inclui outras sete canções: Night Shift, Polar, Sterile, I Like Your Face, Arisco, AMP e 92.8 FM, sendo que esta última conta com a participação especial de Saskia.
Yan explica que a nomenclatura do EP é derivada da palavra “asylum”, que é natural da língua inglesa e pode ser traduzida tanto para “asilo político” quanto para “manicômio”.
“O titulo se remete à fuga do autoritarismo e à turbulência emocional causada pelo isolamento social imposto devido a pandemia. Desta forma, o trabalho expõe uma narrativa semi-fictícia que aborda o processo adaptativo humano perante o colapso dos relacionamentos”.
Yan Higa é natural da capital paulista e leva consigo a premissa da densidade emocional para fundir noções de artes plásticas, tais como esculturas, cenografias e instalações, em suas composições. Desta forma, o artista trans não-binárie divide-se entre dois projetos. O primeiro – que leva o seu nome – e outro voltado para música eletrônica híbrida e intitulado Iguana.