O rapper carioca Filipe Ret lançou na madrugada desta sexta-feira (17) o aguardado disco “Audaz“. Quarto álbum da carreira do artista, Audaz completa a trilogia formada por “Vivaz” (2012) e “Revel” (2015). Do novo álbum, Ret já havia lançado “A libertina“, “Louco Pra Voltar” , que já ultrapassou a marca de 9 milhões de visualizações, e o clipe de “Santo Forte“, que ultrapassou 1 milhão de visualizações em três dias.
“Audaz”, como já havia dito o artista, reflete uma nova fase vivida por ele após se tornar pai. “Audaz reflete um novo período importante da minha vida. O conceito do projeto é resultado intuitivo de uma confluência de reflexões, sentimentos e referências que emergiu oportunamente dando vida a uma pequena obra única, o que chamo entusiasmadamente de arte”, escreveu Ret em seu perfil no Facebook.
O álbum, composto de onze canções, veio com batidas pesadas e mostra a versatilidade do rapper, que não se limita ao rap. Ret explora outros gêneros musicais com muita desenvoltura e competência flutuando com muito talento nos instrumentais, assinados por ele Dallass e Mãolee, impondo belas linhas melódicas e refrãos intensos.
“Santo Forte” resume muito bem a atmosfera sonora “Audaz”. Uma batida forte e contagiante que embala versos vorazes carregados de crítica social e melodias envolventes e refrãos de fáceis assimilações. “Maconha” é uma mobilização em prol da legalização e descriminalização da erva. Nela Filipe Ret se une a Marcelo D2 em um grito por uma mudança radical da visão da sociedade e das leis sobre a erva. Em “Anarcos”, Ret mostra descrença na classe política, ceticismo nas instituições e ver a saída na força de um povo autônomo e propõe que a transformação real venha exclusivamente através da força e das mãos do povo. Ret chega a citar o ativismo Black Bloc. Ret surpreende positivamente ao prega a cultura da autogestão e da coletividade. Anarco, como revela o titulo, é um manifesto anarquista. Momento sublime do disco. Apresentamos apenas três canções, mas o álbum é muito bom do inicio ao fim.