O Movimento Liberdade Ativa consiste na união de um grupo de jovens que cansou de ver sua comunidade carente de assistência e cultura e decidiu movimentar sua própria área. Atuante em Parada de Lucas, bairro da zona norte do Rio de Janeiro, constante alvo de violência e intervenção policial, o coletivo busca integrar os jovens da comunidade com diversos tipos de atividades na região. Inicialmente organizados em torno dos pilares principais da cultura Hip Hop, hoje o movimento também organiza atividades como Feiras Literárias, Batalhas do Passinho e Batalha do Barbeiro.
Caio Almeida, um dos representantes do coletivo, conversou com a equipe do Polifonia sobre como tem sido o desenvolvimento, a proposta do grupo e a aceitação da comunidade:
– O Movimento Liberdade Ativa tem como missão Promover Arte/Cultura e assim proporcionar a transformação e a inclusão social em áreas carentes. Através de projetos/ações sociais promovemos a integração de crianças e jovens trabalhando o senso de responsabilidade social e valorização da comunidade.
A ideia do Movimento surgiu da necessidade de ocupar um espaço que estava vazio na comunidade, queríamos ampliar a noção de responsabilidade social, passar essa ideia adiante, fazer o jovem da comunidade enxergá-la com outros olhos, valorizar e acreditar que a comunidade pode mais. Com isso iniciamos o projeto da roda cultural onde víamos na cultura Hip-Hop muitos pontos comuns aos do movimento. Sendo a região aqui muito carente de entretenimento, cultura e arte, resolvemos trazer isso através da Roda Cultural. Assim, mobilizamos alguns jovens realizando uma integração maior ainda com a comunidade, onde todos participam de forma ativa dos projetos. Vemos que todos se sentem donos de alguma forma do projeto.
Entre os projetos realizados pelo coletivo estão:
– Roda Cultural + Batalha do Papo Reto – Evento que ocorre quinzenalmente fomentando e propagando a cultura Hip-Hop.
– Batalha do Passinho + Batalha de Barbeiros – A primeira parte consiste numa ação que visa propagar o Funk como cultura onde incentivam a participação de crianças nas batalhas. Já a segunda citada visa propagar o lifestyle favela, trabalhando na criança e no jovem a noção de pertencimento e a representatividade, auto estima. Mais de 100 participantes entre 5 a 14 anos estiveram presentes nas atividades de forma gratuita.
Lindo Trabalho!!