Mais um episódio do excelente canal “Quadro Em Branco” foi ao ar no ultimo domingo (19) traz uma reflexão oportuna e pertinente em tempos de proibição do grafite na maior cidade do país. Neste episódio Otavio Oliveira faz uma bela reflexão abordando a arte do grafite como uma linguagem urbana codificada por sistemas de signos em pleno espaço da cidade. Otavio Oliveira parte da música de Criolo “Não Existe Amor em SP” que exalta o grafite como vida no cinza da metrópole. Otavio mergulha no trabalho do grupo Sintese que exalta a linguagem como um limitador. Mais sua análise vai além e passa por Goeth e Nietzsche, para quem a linguagem é considerada como uma metáfora das coisas externas produzida pelos estímulos que elas causam em nós. Por fim, Otavio Oliveira apresenta a arte como uma linguagem capaz libertar sensações, emoções, percepções únicas no ser humano sem limita-lo e tornando-o mais humano.
– Eu tava escutando bastante o Criolo ultimamente, justo na época que essa polêmica do Doria com os grafites tava em alta, e como a proposta do canal é justamente falar dá subjetividade da arte, esse assunto não podia passar batido. A minha ideia era falar sobre a importância da arte como forma de humanizar mais as relações entre as pessoas, e “não existe amor em SP” parecia o exemplo perfeito pra isso – afirmou Otavio Oliveira.