Por Flávio Antiéticos
A crítica é válida, mas po… feião essa galera que vestiu a camisa do “Brasil não valoriza seus atletas(sabemos)” e querem meter uma bronca mas que há meia hora atrás num sabia nem o nome dos medalhistas de ouro, nem o nome das meninas da seleção de futebol, não sabiam que o brasil poderia competir no ‘badminton’ Rs.. e que, de fato, a finalidade do esforço desses atletas se deu nas olimpíadas, o mesmo evento neoliberal, patrocinado por magnatas que tão pouco se importando pra vida ou origem desses mesmos atletas. Como estava antes? Como está agora? É muito estranho pra mim, a revista veja bater na tecla da insuficiência do ‘legado’, que no Leblon pessoas se queixem e influenciem outras sobre esse tal ‘legado’. Me desculpe pessoal revolucionário, mas parece que mais uma vez estamos comprando um papo furado com suas pautas e agendas já definidas por politicagem e acordo entre partidos, empreiteiras e mídias de comunicação em massa. Para nós, 516 anos de Brasil, foi só labuta! Ódio! Destruição! Acredito que não dê mais pra ficar nessa de adotar slogans de problemas e soluções escabrosas estilo atualizações que vão de New Deal de Roosevelt à N.E.P de Lenin.
É preciso que outras relações se entrecruzem, novas formas se entrelacem, a partir do nosso contexto de país racista, colonial e analfabeto. Tô assistindo “The Get Down”, pequenas ações coletivas, cooperativas, micro-corporativistas, com algumas representações no parlamento independente do lado (e porque não?)… Sei lá, tenho pensado coisas. De nós pra nós. Porque essa postura que ‘sempre estivemos’ da poltrona da nossa sala, com o controle remoto na mão, gritando como o mundo deve ser, já foi, já mostrou que é insuficiente. Criticamos os intelectuais e suas teorias, criticamos os pragmáticos… Mas, até onde isso não é comodismo e preguiça? Esses megaeventos são associações-network que, seja por ‘voluntarismo’ ou por dinheiro, se apresenta a milhões de pessoas mobilizando milhares delas. E você? E nós? Cercados por ideias que inibem a iniciativa privada e ao mesmo tempo também inibem como recurso fundamental de ação o auxílio do estado. Rs.. Paternalismo grita altíssimo querendo a sua adesão subserviente e o ticket, o código, da vez é falar sobre “O legado” que serve como desqualificador das ações de quem trouxe as olimpíadas pra cá e ao mesmo tempo induzir que fará algo mirabolante em prol da cidade. Esse papo de Legado é apenas mais um sloga!!! pra nós nunca foi fácil, nada foi fácil, é preciso arriscarmos novas alternativas sem se prender a ideologias.
O Antiético – é a coluna que divulga os textos publicados por Flavio Antiéticos em sua página no Facebook. Flávio é cientista político e rapper integrante do grupo Antiéticos.