Segunda publicação da poetisa paulistana foi lançada pela Editora Ijumaa A poeta Mel Duarte acaba de lançar seu segundo livro intitulado “Negra Nua Crua”, (75 págs, Editora Ijumaa). Em versos que retratam as inquietações, provocações, sensações, angústias e prazeres da vida pela ótica de uma mulher negra, a obra é dividida em três capítulos que dão título ao trabalho. Em “Negra”, a autora problematiza questões raciais, o preconceito e a solidão da mulher negra, como em “Exposta”: “(…) Foi dessa carne negra que sangrou gota a gota a falta da sua companhia”. “Nua” trata de desejos, sensações e prazeres, como em “Delitos”: “(…) Nossos corpos fervem e as bocas já não possuem freios/ Seu santo é fraco e você se perde entre meus seios/ E entre tantos delitos e declarações/ Abusamos de nós, como provam os arranhões…”. Por fim, em “Crua”, o lado visceral e combativo da poeta se revela em versos comos os de “Verdade Seja Dita” : “Verdade seja dita”: (…) Você que não mova sua pica para impor respeito a mim./ Seu discurso machista, machuca/ E a cada palavra falha/ Corta minhas iguais como navalha/ NINGUÉM MERECE SER ESTUPRADA!” “Pensar no “Negra Nua Crua” foi algo muito leve, pois segui minhas intuições e encontrei pessoas que auxiliaram muito em todo o processo. Trabalhar as imagens dos temas com as fotografia de dupla exposição, de Muriel Xavier, era um sonho e o resultado foi incrível”, afirma Mel Duarte. O trabalho conta com prefácio assinado pela cantora e MC Tássia Reis e fotos de Muriel Xavier.
Sobre a autora
Mel Amaro Duarte é poeta, slammer, produtora cultural e vídeomaker. A paulistana de 27 anos teve seu primeiro contato com a poesia ainda criança, aos 8. Em 2016 completa 10 anos de caminhada literária independente. Lançou seu primeiro livro do gênero, intitulado “Fragmentos Dispersos” em 2013.
Sobre a Editora Ijumaa
Lançada em 2015, a Editora Ijumaa tem como pilar principal editar, publicar e divulgar escritores e referências Afrocêntricas, Panafricanas e Afrobrasileiras, com o objetivo de posicionar o individuo negro como narrador de sua própria história na contemporaneidade.
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