Sinopse do Filme: Um Território Chamado Favela
A Favela é uma marca indissociada da cidade do Rio de janeiro. Por mais que persista, ao longo da história, o desejo de extingui-la.
Falar da favela é falar do Rio de Janeiro: seus encontros e desencontros, suas mazelas e suas alegrias , seus altos e baixos, sua diversidade arquitetônica, sua mistura e suas desigualdades.
Este lugar foi, na origem, e continua sendo, um abrigo para homens e mulheres que ajudaram a construir a cidade do Rio de janeiro. O amalgamento cultural produziu uma identidade local: as favelas são muitas, são diversas mas são portadoras de uma história comum de resistências e possibilidades.
O filme: Um Território Chamado Favela traz imagens que pretendem mostrar esse universo de contradições e beleza que demarca a favela de Santa Marta no bairro de Botafogo no Rio de Janeiro. Com duração de um minuto, produzido originalmente sem som para ser exibido na TV Pixel da PUC-RJ, é resultado do curso: “Oficinas de Cinema: Criação e Pensamento Formação em Audiovisual para Favelas Pacificadas – 2011.2.” e foi produzido pela equipe dos alunos da favela de Santa Marta, participantes do curso.
Assistindo ao filme lembrei-me do manifesto da Antropofagia periférica do poeta Sérgio Vaz que tem um trecho que diz:
“A Periferia nos une pelo amor, pela dor e pela cor. Dos becos e vielas há de vir a voz que grita contra o silêncio que nos pune. Eis que surge das ladeiras um povo lindo e inteligente galopando contra o passado. A favor de um futuro limpo, para todos os brasileiros.
A favor de um subúrbio que clama por arte e cultura, e universidade para a diversidade. Agogôs e tamborins acompanhados de violinos, só depois da aula.
Contra a arte patrocinada pelos que corrompem a liberdade de opção. Contra a arte fabricada para destruir o senso crítico, a emoção e a sensibilidade que nasce da múltipla escolha.
A Arte que liberta não pode vir da mão que escraviza.”
P.S.: O ultimo post do ano trará o manifesto do Sérgio Vaz na integra.