Djonga/Créditos: @coniiin
Registro audiovisual foi gravado em Belo Horizonte e apresenta história em plano-sequência
“O Dono do Lugar”, novo disco de Djonga que estreou em 13 de outubro nas plataformas digitais (via ONErpm) e esteve recentemente entre os dez mais ouvidos no mundo tanto no Spotify quando Deezer além de ter sido destaque em telão na Times Square, até então, não contava com videoclipe em nenhuma das suas 12 faixas. Mas isso mudou nesta quinta-feira (27), quando o artista liberou a versão audiovisual de “conversa com uma menina branca”, em seu canal do YouTube.
A ideia do clipe, que é todo gravado em plano-sequência veio toda de Djonga: “é um clipe que vai acontecendo de uma vez e vai surpreendendo pela troca das meninas, sem cortes. Conceitualmente é muito legal e com com movimento sutil da câmera”, destaca. “A inspiração para este vídeo veio junto com a letra, assim que eu a escrevi eu já visualizei como ficaria a parte audiovisual, o que não é algo que acontece sempre, mas dessa vez foi muito claro pra mim” complementa o cantor.
O clipe, que foi gravado em Belo Horizonte, contou com a direção de Túlio Cipó: “Esse trabalho ficou sensacional, clipes mais produzidos assim são um desafio muito massa. O Djonga chegou com a ideia já concretizada e eu executei, cuidei da direção, fotografia, iluminação e dinâmica. As ‘meninas brancas’ vão trocando ao longo do filme, sem cortes, e elas quebraram tudo. Foi sem dúvida nossa melhor produção, que ainda contou com a Bia Nogueira na escolha das personagens. É um trabalho que já está no mundo, já saiu do nosso controle e temos certeza de que as pessoas vão gostar e se identificar” afirma o diretor.
conversa com uma menina branca
A faixa, que é a preferida de Djonga neste novo trabalho, vai de encontro com o conceito do álbum, que aborda, entre outros temas, a masculinidade preta: “esse som representa muito no disco. Foi feito pra gerar debate e já gerou, ela que trata de uma questão muito forte, sabe? Eu já fiz muitos trabalhos que são direcionados ao homem branco, mas dessa vez eu quis falar sobre a relação do homem preto com a mulher branca, falar sobre as nossas concepções quando esse relacionamento acontece, achava importante trazer esse debate através da música”, aponta o rapper.
“O Dono do Lugar” foi lançado pelo selo “A Quadrilha”, fundado pelo próprio Djonga com intuito de potencializar e profissionalizar o trabalho de artistas da capital mineira. Além disso, o disco conta com feats com Vulgo FK, Sarah Guedes e Tasha e Tracie.
“conversa com uma menina branca” já está disponível em todas as plataformas digitais, via ONErpm
Ouça “conversa com uma menina branca”
Sobre O Dono do Lugar
A ideia do disco partiu de um momento em que o artista estava desesperançoso por causa da pandemia, amargurado e a vida não vinha seguindo o fluxo que ele queria, já que sentia saudades dos palcos, e estava um pouco ressentido com o lançamento de “Nu”, álbum anterior, onde o cantor afirma que não foi finalizado como esperado: “comecei a achar que o problema era lançar disco, já que vivemos essa febre dos singles. E eu gosto de disco, que seja uma obra conceitual de ponta a ponta e isso martelava na minha cabeça, mas a volta aos palcos me ajudou a colocar as ideias no lugar e aí surgiu a ideia para este trabalho”.
Desta forma, Djonga decidiu não lançar nenhum single até o fim de 2022 para trabalhar intensamente em “O Dono do Lugar”, que foi sendo gravado ao longo do ano.
Já a data de lançamento, embora não tenha 13 de março – como de costume –, acabou sendo escolhida no mesmo dia, porém em um mês diferente: “diante de tantos acontecimentos que estão por vir em 2022, não encontrei uma data melhor. O 13 me persegue”, brinca o artista.
O disco foi lançado pelo selo do próprio Djonga, criado em 2022 com o nome de “A Quadrilha”.
Sobre Djonga: Nascido em Belo Horizonte, Gustavo Pereira Marques estudou até o último semestre do curso de História, na Universidade Federal de Ouro Preto. Não se formou porque o seu som estourou Brasil afora e ele caiu na estrada com os seus shows. Desde 2017, o rapper mineiro lançou discos anualmente, sempre no dia 13 de março. São eles: Heresia (2017), O Menino que Queria Ser Deus (2018), Ladrão (2019), Histórias da Minha Área (2020) e NU (2021). A somatória desses trabalhos levou Djonga a palcos de todos os cantos do país, rendeu milhões de views, resultou em indicações e premiações relevantes (ele foi o primeiro rapper brasileiro indicado ao BET Awards) e fez ele virar assunto, inclusive, no Jornal Nacional. Djonga pegou a caneta na mão para escrever o seu caminho e, por meio de todo o seu trabalho, acabou entrando para os livros de História.
Além de rapper, Djonga também é fundador do selo musical “A Quadrilha”, que visa potencializar e profissionalizar o trabalho de artistas independentes de Belo Horizonte.
Sobre A Quadrilha: A QUADRILHA é um selo musical fundado em 2020 por Djonga, artista mineiro que se tornou destaque no cenário musical brasileiro, mais precisamente dentro do gênero Rap/Hip Hop. A empresa foi criada a partir de uma necessidade de potencializar e profissionalizar o trabalho de artistas da capital mineira, visto que seus fundadores reconhecem a capacidade e o talento que transborda na cena local, junto a isso, também enxergam as dificuldades de alcance impostas aos artistas independentes que estão fora do eixo.