Apuke destaca narrativas lésbicas em seu novo EP; ouça ‘Aleatório’

Apuke comanda os beats e mic em seu EP de estreia; ouça ‘Aleatório’ 

 Com 4 faixas, projeto destaca narrativas lésbicas e reflete sobre a importância feminina na indústria musical 
Depois de divulgar o trap “Ca$Ada Com Ela”, Apuke entrega seu primeiro EP, ‘Aleatório’. Com 4 faixas inéditas e autorais, o projeto foi composto de maneira muito pessoal, trazendo como base as próprias vivências lésbicas da artista, além de destacar reflexões urgentes sobre a importância da mulher na indústria musical, sobretudo como produtora, intérprete e compositora.

Esse trabalho é sobre o momento, sobre a necessidade de se expressar de forma simples e executar através do desejo de transformar experiências em arte. É sobre sentir e executar! Também faço uma provocação: quantas músicas produzidas por mulheres estão nas playlists do público? E quantas dessas são de mulheres lésbicas? Qual o número de letras sobre o amor lésbico? Meu intuito é trazer esses questionamentos para o centro do debate, além de falar de liberdade de expressão, liberdade de criar, fazer, inventar e vivenciar”, ressalta.

Logo na abertura do registro, ‘Essa Track’ tem tom divertido, dançante e sensual. A missão é criar um ambiente de empatia feminina de forma descontraída e leve.

Logo em seguida, Venus In Libra – que já chega com videoclipe dirigido e roteirizado pela própria artista, narra a dificuldade de conciliar trabalho (sonho) x relações, principalmente amorosas. “Posso dizer que é a faixa que mais fala sobre a minha pessoa. “Sonho caro…” Sempre que canto essa parte lembro da menina que deixou o interior (Piracicaba) e hoje paga um preço alto (emocionalmente falando) para correr atrás dos seus sonhos”.

 

Em “Banco de Trás”, um mergulho naquela tal desilusão e superação amorosa.
Por último, “Não falei no Café” é aquele tipo de coisa que, apesar de não ser dita, é sentida e desejada com a crush.

Ao todo, ‘Aleatório’ chega para inspirar e evidenciar para todas as mulheres lésbicas e LGBTQIA+ que as cenas do rap, do trap e do funk também as pertencem.

Integrante do Quebrada Queer há três anos, Apuke sempre foi apaixonada por música e continua buscando alternativas para gerar impacto com o seu trabalho.

“Tive coragem de mostrar que sou uma artista eclética e que tem capacidade de fazer beat, cantar, escrever, de dirigir um clipe, de pensar no roteiro e no figurino. Esse trabalho serve para exaltar o potencial de uma mulher periférica que aprendeu quase tudo sozinha…E acho que a partir de agora não me limitarão ou me enxergarão mais apenas como a beatmaker ou a DJ. Eu, enquanto mulher, todos os dias ter força para levantar e falar que consigo e que vou dar o melhor de mim é  toda a construção desse trabalho. Isso também é revolução”.

 
 

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