Há 15 anos atrás chegava às lojas independentes de todo o país “Brasil Riddims”, o primeiro (e histórico) disco dedicado à cultura dos riddims (“rythms”, dito na linguagem do patuá jamaicano) lançado no país, sob o comando do primeiro sound system do Rio de Janeiro, o Digitaldubs.
Neste álbum, um dos principais destaques foi a versão do clássico “Sorriso Aberto” (autoria de Guará, imortalizado por Jovelina Pérola Negra), cantada por BNegão em cima do instrumental batizado “Curimba Riddim“, uma base singular, que trouxe uma alquimia única de dancehall/ragga, toque de curimba, afrobeat e samba de terreiro. O som foi sucesso em bailes do subúrbio carioca, nos shows do rapper e nas festas promovidas pelo DD.
“Sempre achei essa base revolucionária, muito à frente do tempo… Talvez fosse mesmo… E foi justamente isso que me fez querer relançá-la justamente agora, no momento em que inicio uma nova fase na minha carreira e quando esse tipo de experiência sonora (dentro do universo das batidas presentes na diáspora africana) está mais em voga do que nunca“, diz BNegão.
E assim foi feito: com alguns ajustes/mudanças nas peças, timbres e uma nova gravação de voz, “Sorriso Aberto (Curimba Riddim)” aparece como o segundo single (de uma série de 5) a ser disponibilizado por BNegão, dentro da contagem regressiva para o lançamento de seu primeiro disco realmente “solo”, que trará versões fumegantes e inesperadas de músicas suas e também de autores como Moleque de Rua e Ratos de Porão.