Hoje, dia 31 de março, Brenalta lançou para o mundo seu álbum de estreia, “Escombros“. Ao longo de 8 faixas, o artista de São Sebastião, litoral norte de SP, procura descarregar todos os sentimentos vivenciados nos últimos tempos, quando a angústia foi intensificada, e como consequência, mais forças também precisaram ser resgatadas.
Retomando à parceria com o estúdio Cabine 808 e com o beatmaker Caio Lopes, o projeto apresenta uma identidade e coerência do começo ao fim, marcada em sua maioria por instrumentais Lo-Fi e influências de artistas como Marcello Gugu e Tiago Mac.
A intro e o interlúdio têm o poder de mostrar a importância de Brenalta em sua comunidade e a família que formou através da cultura Hip-Hop. Um reflexo disso também são as diversas colaborações do álbum, todos amigos e artistas em ascensão na cena litorânea.
Brenalta tem a missão de se despir por completo em suas composições, trazendo barras que falam do amor à luta, do afeto ao ódio. Essa experiência em se expressar é fruto da vivência como poeta slammer, e a última faixa faz juz à essa faceta. Por fim, devem-se destacar também os arranjos de instrumentais feitos pela banda Wide e pelo músico Jass Akanni na faixa “Cravos”, especialmente remixada para o álbum.
“22 calendários. Dedico metade da minha vida a arte e é com muito orgulho que apresento a vocês a minha maior obra até o momento.
Escombros é meu primeiro filho e escolhi a data que vim ao mundo para compartilhar esse nascimento com vocês. Foram 6 meses de produção, confinamento, inquietação e muita honestidade com quem eu sou. É sobre arte que transcende a alma, verdade em cada verso, sem capas ou inseguranças de mostrar o quão falho o artista é”, ressalta.
Escombros marca um período de muitos acontecimentos na vida de Brenalta, entre ciclos encerrados, projetos iniciados, músicas guardadas e novas parcerias. É a representação dos medos de um pequeno menino que escreve, tentando se esconder dos monstros que o perseguem neste mundo tão estranho.
É a alma de quem quase se foi e voltou do meio do caos, trazendo as bagagens de lutas constantes. Sejam bem vindos à este hospício lírico!
Obrigado por isso!