Projeto do rapper de apenas 17 anos possui oito músicas e inova com music visualizers em todas as demais faixas
O rapper Dudu lança nesta sexta-feira (03), pela Som Livre, o álbum “Acídia“, o primeiro de sua carreira. Com oito faixas, sendo 7 inéditas, o projeto já está disponível em todas as plataformas de streaming e reforça a maturidade musical do artista de apenas 17 anos, evidenciando sua versatilidade por meio de rimas inteligentes e mensagens profundas e consistentes – ouça aqui. Além do clipe de “Party“, todas as demais faixas contam com music visualizers, um recurso inovador que apresenta recortes de vídeos online em uma espécie de webclipe.
Questionado sobre o processo criativo, ele explica: “Esse álbum nasceu da junção de muitas músicas únicas, uma reunião de sentimentos e decisões, mas todas se passam na mesma atmosfera. A inspiração está nas minhas experiências, coisas que eu passei e mais ainda, coisas que eu pensei. Foi um momento muito específico e enquanto algumas músicas foram feitas de uma forma muito especial, outras foram feitas do nada. O processo criativo foi uma parada muito brainstorm, foi acontecendo”.
“Party”, música de trabalho do álbum, tem como temas centrais a crítica à rotina agitada e muitas vezes vazia dos artistas do ramo, além de angústias e sentimentos profundos comuns à juventude de forma geral, como solidão, tristeza e depressão. O clipe da faixa inédita foi feito todo em preto e branco, e sua estética reforça a mensagem da letra, que conta com trechos como “eu faço a minha grana como tem que ser / mas não vou deixar mais a grana me ter / eu juro mano, eu tô sempre cansado / carrego fantasmas do passado / dentro do meu ghost não tem ghost writer / só escrevo o que eu tenho pensado”, ao mostrar o artista em uma casa enorme e com diversos vestígios de festa, apesar de não ter mais ninguém além dele, que as vezes aparece em mais de uma versão de forma simultânea.
“O processo de gravação de ‘Party’ foi engraçado, porque ela não era intencional e é resultado de um freestyle. Foi um som que rolou por causa de uma brincadeira no estúdio e depois o refrão não saia da minha cabeça. Aí eu escrevi o que tinha pensando, anotei a melodia e pedi pro Felipe (Artioli, produtor) fazer um beat. A gravação do clipe também foi muito irada, fora os diversos trabalhos que tivemos para as cenas. Acho que ficou muito foda todo o resultado e curti muito também”, conta Dudu.
As demais inéditas do projeto são “Coisas Mais Estranhas 01“, “Coisas Mais Estranhas 02“, “DBN“, “Vlone“, “Logo” e “Limbo” que, além de Artioli, contam ainda com a colaboração dos produtores Tibery e Ecologik. A única faixa de “Acídia” já conhecida do público é “Calabasas”, lançada em meados de maio e cujo clipe disponibilizado no canal do artista no YouTube já conta com mais de 1,2 milhão de visualizações.
Natural de Vitória, no Espírito Santo, Dudu se criou nas batalhas de rima e é considerado um dos maiores destaques da nova geração do trap nacional, sendo mais uma relevante aposta do time de música urbana da Som Livre. Sobre o lançamento do seu primeiro álbum solo (ele lançou em março deste ano, também pela Som Livre, o EP “Jordan Boyz Vol . 2“, em parceria com Leozin), o artista fala de suas expectativas. “Estou com bastante expectativa em ‘Acídia’, porque é um trabalho que reúne não só muitas músicas fortes e fodas, mas também é o meu primeiro álbum solo. Mesmo que eu não saiba qual vai ser a recepção da galera, eu tô muito ansioso para o lançamento desse projeto, pra ver como a galera vai acolher e tudo mais”, revela o rapper.
Também tido como a voz de sua geração dentro do rap, quando perguntado sobre o que quer fazer e o que espera dos próximos passos de sua carreira que, apesar de recente, considerando sua pouca idade, já encontra bastante reconhecimento (seu canal no YouTube conta com cerca de 30 milhões de visualizações), Dudu é categórico. “Eu quero chegar para todos e todas, eu quero que a minha música seja escutada por todas as pessoas de todas as classes, de todas as formas. Eu quero que a minha música chegue em todos e acho que é isso que eu quero fazer: música pra sempre. E que a minha música evolua de forma que todas as pessoas possam absorvê-la, independente da forma que se apresente”, finaliza o jovem artista.