O ano de 2018, sem sombra de duvida, foi um ano marcante para Diomedes Chinaski. Ano do lançamento do fantástico álbum “Comunista Rico”. Álbum eleito pela revista Rolling Stone Brasil com um dos 50 melhores do ano.
Um ano marcante precisava terminar de forma marcante. E foi isso que Diomedes fez, ao lançar nesta sexta-feira (29) o maravilhoso single “24 horas de Liberdade”. A canção é um samba-bossa embriagante assinado por DJ Bac & DK, na qual Chinaski reivindica o amor como um ato revolucionário. É uma linda viagem poética e sonora que traz o amor em toda sua plenitude.
Em um momento de intolerância, desrespeito, polarização e o ódio crescente, Chinaski propõe o amor como antídoto, como ato revolucionário, que liberta pessoas e almas em sua fala poética e inspiradora. Podemos dizer que “24 horas de Liberdade” é uma canção manifesto que mostra a revolução feita pelo amor. Algo próximo ao pensamento Espinosista que colocar o amor como harmonia com o cosmos. A proposta de Chinaski também se aproxima da ideia do cineasta espanhol Luis Buñuel que dizia que amor e a revolta eram as palavras mais revolucionárias que existiam. Ou seja, uma revolução que nasce do afeto e não das armas.
Com “24 horas de Liberdade” Diomedes Chinaski mostra que o rap, nas suas reflexões, pode ir além de temas comuns e propor uma transformação do ser pelo afeto. Quebrar paradigmas, formas, modelos é preciso, mesmo quando se fala em revolução.
O clipe que acompanha o single traz em suas imagens exatamente a leveza e potencia do amor como ato revolucionário, avassalador que tudo pode vencer. São imagens que traduz com exatidão a mensagem da música. Vale ressaltar a interpretação de Aline Tofalo que faz a emoção ir além das lentes das câmeras. O clipe é um lindo trabalho audiovisual e fotográfico que precisa ser apreciado com calma, e se for preciso ao lado de quem amamos, para termos noção da dimensão da obra.
Chinaski fecha 2018 com chave de ouro e de forma arrebatadora.
https://youtu.be/etbZSiqJqik