A poesia do ADL se caracteriza por cantar com muito a favela e todo universo que a envolve. Como disse DK na canção “A última casa”, a primeira regra é amar a favela. Partindo desse principio Lord e DK expressam, a partir de seus olhares de suas vivencias, o território favela de dentro para fora. O ADL é a favela cantada por quem a amam e quem reconhece e valoriza sua potencia.
Em seu novo trabalho, o ADL faz da corajosa trajetória do jogador Adriano, o Imperador, a fonte de sua inspiração. Adriano trocou o glamour e o luxo pela simplicidade e sincera vida da favela onde nasceu. Adriano afirmou a favela, que nunca saiu de si, ao conservar os laços genuínos com sua comunidade, os laços com suas raízes humildes. Adriano fez a trajetória inversa e voltou para suas origens para se reencontrar com a vida, a paz e mostrar que felicidade vai além de uma carreira bem-sucedida.
O ADL ainda não chegou a Milão, mas os meninos pobres e desacreditados de Teresópolis já viajaram por todo Brasil e já estiveram em Miami na Flórida. Hoje vivem da arte e como Adriano Imperador não se deslumbraram com a fama e muito menos deram as costas para favela. Eis o ponto em comum entre as duas histórias que é transformada em poesia nesta canção.
A sonoridade melancólica do instrumental assinado por Índio embala dos versos carregados de emoção e verdade, que Lord e DK cantam com o coração. A música soa como uma injeção de animo na veia e na alma de todos aqueles que sonham conquistar seu lugar ao sol.
Junto com o single foi liberado o clipe que faz través das imagens a interpretação perfeita da letra. O clipe reforça e afirma a favela como forma de vida potente. Uma vida simples carregada de resistência, criação e produção.