Por Wesley Brasil
Tá, o lance dos nazistas. Dedo tá coçando. Vamo lá.
Não dá pra gente, que é desse meio descolado da arte, pregar a violência.
Por isso não posso escrever o quanto é maravilhoso ver o Urso Judeu estourando a cabeça de um soldado nazista usando um taco de baseball e arrancando aplausos da sua galera enquanto a gente assiste aquilo sem nenhum nojinho porque sabe que soldado nazista tem mais é que tomar porrada até a morte.
Por isso também não posso escrever sobre toda a profundidade e beleza que as cenas de escalpo em Bastardos Inglórios tem.
Também não posso lançar aqui um texto aplaudindo as cenas em que o Aldo Raine faz uma suástica na testa dos nazistas usando uma faca boladona, sem anestesia, enquanto sorri e observa suas obras de arte e a gente, sem nojinho, gargalha com o horror dos nazistas. Sequer dá aquela sensação ruim quando vê alguém se cortando porque a gente não consegue se ver na pele deles.
Além disso, não posso escrever um texto aqui dizendo que tô doido pra entrevistar o Djonga como desculpa pra dar um abraço nele e agradecer por linhas como “eu acho engraçado racista baleado” ou “fogo nos racista”.
Já teve guerra mundial por causa desse assunto. O racismo é um negócio sério que historicamente envolve conflitos armados.
Mas somos a favor da arte. Não vamos usá-la como uma arma contra racistas.
Arma?
O dedo coça.
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