A primeira vez que assisti o Clipe da música “Mandume” (procurem no YouTube o clipe apartir do tempo 5:09) do Emicida fiquei indignado na parte do Raphão Alaafin , quando entra em cena um Religioso “INVADINDO ERRADAMENTE” (na minha opinião) uma espécie de terreiro.
Fiquei indignado com aquela invasão que representa um desrespeito gigante, opressão, ignorância teológica entre outros absurdos ao meu ver. Me envergonhei porque é assim que as pessoas veem muitos cristãos, como aquele cara da cena, uma figura de terno e gravata (nada contra a vestimenta), com um livro preto embaixo do braço (problema nenhum) que ele não abriu nem quando o levantou em suas mãos e com atitudes opressoras como essa desde o semblante até a fala.
Me envergonhei por saber que é assim que as pessoas “de fora” nos veem, por sentir na pele o peso desse rótulo cada vez que vou falar de Jesus pra alguém, e por saber que “temos” grande culpa nessa visão que “eles” tem de nós.
Mas eu não busco ser “aquele tipo” de religioso, na verdade eu nem busco ser religioso, pois existe um abismo enorme que separa o RELIGIOSO do CRISTÃO.. por isso convidei outros amigos como Léo Maltrapilho , Rafael Sal, Marthin D, Fernando Rodox Xodor e por último mas não menos importante nosso reverendo (rs) Kimsdf que assim como eu não buscam a religiosidade, mas sim o verdadeiro evangelho de Cristo. Falei da ideia pra eles e fiz a seguinte proposta: “Vamos mostrar que somos diferentes daquela figura do clipe do Emicida , vamos mostrar que SOMOS CRENTES DE MENTE ABERTA”. Eles abraçaram a ideia e nascia ali o “embrião abstrato” da CYPHER ABERTAMENTE.
Esse embrião abstrato foi se desenvolvendo e ganhou “forma concreta” através da música produzida pelo Italo Bruno no Estúdio Casa Da Árvore e depois com a conclusão do clipe produzido pelo Mudesto PlugCinza e com a ajuda em “cash” do Junior Silva (Eu Cris du Rap, sou muito grato de verdade primeiro a JESUS O CRISTO e a todos vocês mencionados).
“…Nos tem como inimigos na estrada, culpa dos crentes fachada, tipo aquele la da cena do MANDUME; de terno e gravata, bíblia fechada, odeia muito ama nada, o amor não faz parte do COSTUME..”
(Cris DRG)
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