Com participação de Caetano Veloso em clipe, Fióti coloca nas ruas primeiro projeto como músico
EP “Gente Bonita” chega às lojas físicas e virtuais nesta sexta (20); clipe em homenagem a Darcy Ribeiro foi lançado ontem à noite
Empresário de grandes nomes do rap nacional e dono do selo Laboratório Fantasma, Fióti se lança oficialmente nesta sexta-feira (20) em sua primeira empreitada como músico, com o EP “Gente Bonita”, que já está nas lojas físicas e virtuais e nas plataformas de streaming.
Na noite desta quinta (19), o músico lançou o segundo clipe do trabalho, da música “Obrigado, Darcy”, com direito a uma participação mais do que especial de Caetano Veloso. A direção é de Rabu Gonzales.
Em abril, Fióti lançou o clipe do primeiro single do projeto, da música que dá nome ao disco. Na última segunda-feira (16), colocou nas ruas um minidocumentário com entrevistas e registros da gravação.
Todas as letras são de rappers da nova geração. Ogi, Emicida e Rael são alguns dos nomes que contribuíram nas composições. “Obrigado, Darcy”, música que abre o projeto e faz homenagem ao antropólogo Darcy Ribeiro, é de Emicida, Rael e Nave e contou com participação do músico Thiago França (Metá-Metá). “Gente Bonita”, “Pitada de Amor” e “Só uma Mulher” são assinadas por Fióti em parceria com o irmão Emicida, “Vacilão”, com letra de Ogi, virou um samba com quê de Bezerra da Silva e conta com a participação de Juçara Marçal e produção de Rodrigo Campos. A música que fecha o EP, o reggae “Leve Flores”, composto por Coruja e Fióti, foi produzido por Curumin, Zé Nigro e Lucas Martins e conta com a participação de Anelis Assumpção.
“Gente Bonita” por Emicida
Gente bonita é o primeiro filho planejado do casamento feliz de Fióti com a música. É sério. Você já viu mil crianças nessa vida, mas quando chega a sua vez de gerar uma é especial.
A chance de compartilhar algumas histórias e emoções com o mundo, por si só, já é uma bênção. Quando ele me disse que chamaria o Cabé, nosso velho amigo, para gravar o violão em “Obrigado, Darcy”, entendi que estávamos falando de não esquecer do ontem e trabalhar no hoje para construir um amanhã que nos traga o orgulho de suas origens na mala de mão. É como o lema dos monges beneditinos: “ora e trabalha”.
Tudo aqui sempre foi fé e esforço, e o mais encantador de tudo isso é comprovar de perto que a poesia não enferruja. História maluca, que ele começa cantando com seu violão em bares, pula pro backstage da coisa, estrutura a carreira do Emicida, vira o empresário de sucesso e de repente aquelas melodias que aguardaram pacientemente a sua vez gritam: – Precisamos ver o mundo!
E em tom de gratidão saem a reverenciar essa gente bonita que nos inspira. É um Brasil, um dos meus favoritos. Aquele que segue com sua sagacidade tímida, ciente de que por pouco tudo não explode em alegria. O mundo sempre precisa de uma pitada de amor. Esse EP é uma contribuição.
Junto de um time dos sonhos, que reúne alguns dos grandes artistas de nosso tempo, como Rodrigo Campos, Thiago França, Curumin, Anelis Assumpção, Mauricio Fleury, Zé Nigro e mais uma imensa lista de gente que não cansa de nos deixar orgulhosos com seus sons, Fióti veste roupa de sair, chega na manha, afasta os móveis, aumenta o volume e convida todos a encontrarem suas belezas olhando para si e para o outro.
Se tudo é mais bonito quando a música que toca é boa, o que me resta é agradecer por acompanhar tudo isso tão de perto.
E como bom irmão mais velho coruja, sinto-me na obrigação de fazer um convite para que todos se encontrem em “Gente Bonita”.
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