“Terra do Rap” é um festival que promove o intercâmbio entre articuladores de periferias urbanas (rappers, deejays, beatmakers, educadores, oficineiros, produtores musicais, formadores de opinião etc) originários de países da língua portuguesa, transformando o Brasil na capital do Rap Lusófono anualmente.
No mês em que comemoramos os dias da Cultura Hip-Hop e da Consciência Negra, celebramos no Centro de Referência da Música Carioca (Rio de Janeiro/Tijuca, de 23 a 26 de novembro) os encontros e a “criação” do povo carioca a partir da matriz afro em um intercâmbio entre rappers de países da língua portuguesa. Oficinas, debates, exibição de filmes, shows exclusivos e uma homenagem a um dos artistas que mais influenciaram a música urbana na última década – tanto no Brasil quanto nos países de África Lusófona, o legendário rapper SABOTAGE.
A 1ª edição do “Terra do Rap”, em 2013, teve como título “Ponte Rio-Lisboa”; em 2014 “Trovadores do Século XXI” foi o título da 2ª edição. Todas aconteceram na cidade do Rio de Janeiro: sempre promovendo o intercâmbio com artistas da lusofonia urbana com a residência e a vivência artística na cidade com “seus pares” cariocas. Em todas as edições, oficinas para novos artistas do Rio, debate, homenagem a uma figura importante da cultura hip-hop e a produção de um espetáculo inédito compõem a programação dessa iniciativa que valoriza a língua e as matrizes de nosso povo.
Nesta 3ª edição (2015) o intercâmbio teve como prioridade a participação de artistas lusófonos de países africanos por estarmos iniciando a Década Internacional dos Afrodescendentes promulgada pela ONU http://www.decada-afro-onu.org/ (2015/2024). Dos antigos portos de escravos, aos quilombos e até as favelas do século XXI; nossas raízes estão fincadas num povo além-mar. Não se pode pensar na construção Rio de Janeiro sem citarmos a lusofonia e a herança do povo de África.
Por isso, a 3ª edição do Festival de Rap da Língua Portuguesa teve como eixo temático a ÁFRICA LUSÓFONA: seu trânsito pela cidade e seu diálogo por intermédio da cultura Hip-Hop. Dos filhos de imigrantes que produzem cultura urbana no Complexo da Maré, ao Catumbi, por exemplo, passando pelos artistas cariocas que em seus discursos exaltam seus antepassados africanos, estabelecendo um diálogo com rappers de Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e os que buscaram novas oportunidades no mercado fonográfico em Portugal.
ACESSE: www.terradorap.com