Por Evandro Jales
Quando o cinema foi criado no final do século XIX pelos irmãos Lumiere, ninguém poderia imaginar à proporção que tomaria. Os anos se passaram e o filme ficou conhecido e chamado como sétima arte. Essa evolução proporcionou um dia especial para muitas pessoas na primeira edição da Cultura Urbana Mostra Curtas, que aconteceu na sede da ONG Grupo Cultura Urbana, na ex-colônia do hospital Curupaiti, em Jacarepaguá.
A mostra teve como finalidade promover a troca de experiências entre os produtores que atuam com ações de audiovisual nos seus bairros. “A cultura é o que abre os olhos das pessoas. Nada é mais importante que isso para fazer individuo pensar e ter sua opinião própria. O mundo evolui com esse tipo de conversa. E achei que esse evento teve uma tranquilidade e harmonia deliciosa. Quando vim aqui, queria crescer, me sentir bem e achei tudo incrível. A vida poderia ter a atmosfera desse evento”. Contou Renato Baroni, diretor do filme “O último que saltar apaga a luz”, um dos curtas exibidos na mostra.
O evento contou com a participação de produtores independentes, gestores de espaços culturais e estudantes. Durante o encontro, cada participante teve a oportunidade de falar um pouco mais de seu projeto. Adailton Medeiros, diretor do Ponto Cine, falou sobre o pioneirismo de criar um cinema em Guadalupe, Rio de Janeiro. “Sempre fui um inconformado com a falta de cultura no subúrbio. Pra mim virou ideia fixa ter um local onde as pessoas pudessem ter a ferramentas culturais e nesse caso, filmes. O Ponto Cine nasceu em 2006 e hoje somos o maior exibidor de filmes brasileiros no país.”
Além do Ponto Cine, o público pôde conhecer outras vertentes da cultura. O site “Polifonia Periférica”, representada por Rociclei da Silva, divulga gratuitamente artistas da cultura hip-hop. Quando o assunto é ensinar, os jovens da “CDD na Tela” saem na frente. O projeto nasceu exclusivamente para potencializar os talentos de jovens utilizando o mundo mágico do audiovisual.
Isso tudo foi só o começo. Se depender dos colaboradores do Grupo Cultura Urbana, muitas outras mostras e eventos culturais irão acontecer. Para Chris Ventura, colaboradora desde 2010, as edições deveriam ser infinitas. “O Curupaiti era um lugar que ninguém vinha porque as pessoas tinham medo de doenças. E quando vemos o espaço que temos ocupado com música, dança, teatro é um sonho. Estar perto das pessoas é muito bacana”. Concluiu.
Ficou curioso? Para informações sobre a ONG, agenda e como colaborar, acesse o site www.grupoculturaurbana.org e www.facebook.com/grupoculturaurbanaoficial