Por Marcia Souza/Noiz na Missão
O grupo foi fundado por Carlos (Compositor/Intérprete) e Jairo (Compositor/Intérprete) no ano de 2003 no extremo sul da zona sul de São Paulo, para ser mais preciso no bairro do Grajaú. Também vítimas das calamidades públicas do País os Rappers começaram a compor suas letras baseadas em suas lutas diárias por sobrevivência digna e justa. No ano de 2004 iniciaram-se na atividade de organizadores de eventos beneficentes em sua comunidade. O objetivo era arrecadar alimentos destinados a creches e orfanatos da região e ao mesmo tempo proporcionar entretenimento e através da musica falar ao público de baixa renda. Em 2005, o até então Relato, recebe o reforço de Douglas ( Compositor/ Intérprete), também residente do bairro do Grajaú e fundador do extinto grupo “Contundentes” e realizam o maior evento dirigido pelo grupo “O Rap toma as quebradas” com a presença dos grupos: Facção Central, Detentos do Rap, A-286, Facção Anti- Sistema, DWN, Evolução Ideal, Du Guetto, entre outros e arrecadam meia tonelada de alimentos.
Com influências musicais de diversos estilos e três mentes pensantes o resultado foi conflito de opiniões, o que levou os integrantes formarem uma nova identidade ao grupo. Cada um ao seu modo de compor, mas com única diretriz. Inicia-se a fase de novas composições, onde temas são expostos e debatidos e letras e produções musicais são avaliadas por todos os integrantes.
Destaque por letras fortes que vão de denúncia, informação, incentivo ao estudo, incitação ao conhecimento, até a exposição do mais puro sentimento na perda de um ente querido. O Relato da Sul se prepara para lançar seu primeiro disco que terá o título “Das lágrimas de Injustiça aos caminhos de glória”, co-produzido pelo grupo e com produção musical de Erick 12, o álbum irá conter 14 faixas.
Embora o nome do grupo seja Relato da Sul os músicos deixam bem claro que são por todas as comunidades carentes do País independente de Idade, Religião, Raça e Sexo.
“Dizem que o nosso Rap é música de bandido. Hipócritas!
Te esclareço que meu público vem de periferia, não de partido político.”