Por: Débora Spitzcovsky (Site Planeta Sustetável)
“A Ponte”, produzido pelo Instituto Rukha e dirigido por João Weiner, mostra a realidade dos bairros de baixa renda da Zona Sul de São Paulo. O vídeo – que conta a história dos moradores da região que não se conformam com essa situação e fazem de tudo para mudá-la – se configura num grande incentivo à população na participação desse processo de transformação
Um rapper famoso, uma educadora otimista e um escritor apaixonado que convivem diariamente com as dificuldades da periferia da Zona Sul de São Paulo e querem dividi-las com o grande público. Essa é a história do documentário “A Ponte”, produzido pelo Instituto Rukha, uma entidade que visa mudar a realidade social dos paulistanos.
O vídeo, dirigido por João Weiner, tem duração de 42 minutos e mostra a dura realidade das comunidades carentes dos bairros de Capão Redondo, Jardim Angela e Jardim São Luis, todos localizados na Zona Sul de São Paulo. A região, que começou a se formar devido a ocupação populacional desordenada nas áreas de manancial da Zona Sul da capital, foi escolhida por retratar fielmente a situação de desigualdade social que existe na nossa sociedade.
“O documentário expõe o tempo todo a diferença que existe entre as duas margens do rio Pinheiros. Ele divide o pobre dos ricos”, diz o rapper Mano Brown, um dos participantes do filme. “A ponte do rio Pinheiros é o muro de Berlim de São Paulo”, complementa a educadora Dagmar Garroux.
A professora, conhecida na periferia como Tia Dag, é, inclusive, um dos destaques do filme. Em 1994, ela fundou, do “outro lado da ponte”, uma associação educacional, que hoje é considerada uma das experiências de maior êxito no setor de educação integral do Brasil. A Casa do Zezinho, que visa o desenvolvimento das crianças e jovens da periferia da Zona Sul, começou com 6 alunos e, hoje, conta com mais de 1200 “Zezinhos”, como a própria Tia Dag chama, carinhosamente, os estudantes.
A ideia do documentário é denunciar as desigualdades sociais que acontecem no país, mas de uma forma esperançosa. Dessa maneira, é possível abrir os olhos das pessoas e, ao mesmo tempo, incentivá-las a mudar a realidade que enxergam. “Não é uma denúncia vazia. Apontamos para uma realidade muito dura, mas, paralelamente, mostramos a história da Tia Dag como uma possibilidade de mudança para a região”, afirma Luiz Alfaya, diretor-presidente do Instituto Rukha.
Fonte: Site Planeta Sustentável acesse.
Mais informações no site do Instituto Rukha
Documentário completo – assita