No dia 11 de novembro de 2011, ativistas e vítimas de remoções forçadas se reuniram no Rio de Janeiro para entregar uma carta e vídeos-denúncia a integrantes do Comitê OIímpico Internacional (COI) durante uma visita ao Rio. A carta denuncia a situação de famílias removidas arbitrariamente e pede que o COI tome uma posição contra as remoções forçadas realizadas em nome das Olimpíadas de 2016.
As obras de preparação para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 já provocaram, pelo menos, 21 casos de remoção forçada de moradores em sete capitais, de acordo com o dossiê Megaeventos e Violações de Direitos Humanos no Brasil. O documento, divulgado pela Articulação Nacional de Comitês Populares da Copa, traz relatos de desalojamentos irregulares em Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.
Segundo o relatório, as ações de desocupação de comunidades e famílias são marcadas pela arbitrariedade. “São aplicadas estratégias de guerra e perseguição, como a marcação de casas a tinta, sem esclarecimentos, invasão de domicílios sem mandados judiciais, apropriação indevida e destruição de bens móveis”. O dossiê estima que até 170 mil pessoas possam ser removidas para dar espaço a empreendimentos de infraestrutura ligados aos eventos esportivos.
Leia a carta aqui: http://www.br.amnesty.org/?q=node/1541
O vereador Eliomar Coelho (PSOL-RJ) em entrevista concedida ao site vi o muno afirma; “O que está acontecendo é uma ação que eu costumo qualificar como perversa, devido à truculência como ela é desenvolvida. Quem tem comandado este infeliz espetáculo é o Executivo municipal, que teria como obrigação exatamente agir em defesa dessas pessoas. Essa é a realidade. O pessoal do Executivo, os empreendedores imobiliários e as empreiteiras são os atores envolvidos diretamente nessa questão.”
Falta de transparência nas ações do Poder Público, ausência de diálogo e negociação prévia de projetos de remoções, bem como das alternativas existentes, além de especulação imobiliária em função da valorização da terra, repressão, ameaças, injustas e ridículas indenizações. Em fim, violação de direitos humanos em nome da copa do mundo e das olimpíadas e da farra de dos empreiteiros da construção civil, empresários do turismo e etc. Cadê a grande mídia? Só resta ao povo fazer a organização da luta popular e lutar. SÓ NÓS SOMOS CAPAZES DE MUDAR NOSSO DESTINO. NOSSOS DESTINOS NOS PERTENCE, O CAMINHO A SEGUIR TAMBÉM.